27 de janeiro de 2013

Museu Paulista / Museu do Ipiranga (São Paulo - SP) (30/09/2012)



" O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, conhecido também como Museu do Ipiranga ou simplesmente Museu Paulista, é um museu localizado na cidade de São Paulo, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência. É o mais importante museu da Universidade de São Paulo e um dos mais visitados da capital paulista. É responsável por um grande acervo de objetos, mobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro de 1888 do artista Pedro Américo, "Independência ou Morte". Um dos principais objetivos do museu é mostrar aos visitantes o protagonismo do povo paulista na História do Brasil. "


Logo pela manhã, pegamos o metrô (R$3,00) (que em cada canto possui uma estação quase imperceptível pelas ruas) fácil e rápido, na estação Ana Rosa na Vila Mariana até a estação Alto do Ipiranga. Percorremos as ruas indicados no mapa, mas ainda estava longe do museu, e nos informaram que era melhor pegar um ônibus até o bairro Parque da Independência, pois é uma ladeira e tanta. E é melhor avisar o trocador e o motorista seu destino, já que o museu não fica totalmente à mostra aos visitantes. Descemos pelo lado da Avenida Nazaré.

Detalhe de um dos postes de iluminação na entrada do museu.
Detalhe de um dos postes de iluminação na entrada do museu.
   


A 1º coisa que vem a cabeça quando se fala Museu Paulista, lembro de "pernas bambas". Sim, o museu é grande, mas quando entra, ele passa a ser gigantesco.  Além de cansaço físico, tem o cansaço mental, são muitas informações distribuídas em vários andares e corredores. Se você pensa em visitá-lo e ver pelos mínimos detalhes, conselho: vá em 2 dias se não estiveres acostumado a andar e subir escadas. Mas se tens pouco tempo, vá cedo, pra não pegar fila pra entrar e bem alimentado, beba bastante água antes.

Parte da fonte, infelizmente desligada, a beleza seria maior se tivesse a água. Muito lindo!

É permitido entrar de bolsa, mas é impossível ter tempo de pensar em pegar alguma coisa, além de muitas câmeras e seguranças por todos os lados. Não é permitido tocar nos objetos expostos, consumir alimentos e bebidas, fotografar ou filmar durante a visita. 
Se tiver sorte poderá entrar em algum grupo com guia de visitas oferecido pelo próprio museu.  

Depois de pagar o ingresso (R$ 6,00 - Adulto / R$ 3,00 - Estudante)  vimos um salão repleto de coisas e uma escadaria. Não sabíamos onde era o começo, depois consiguímos entender aquelas legendas. 


"Museu Paulista tem em seu acervo de mais de 125 mil artigos, entre objetos (esculturas, quadros, joias, moedas, medalhas, móveis, documentos e utensílios de bandeirantes e índios), iconografia e documentação arquivística, do século XVI até meados do século XX, que servem para a compreensão da sociedade brasileira, com especial concentração na história de São Paulo. "



 



São 3 andares, o que se entra é o Térreo, divido em:

  •  "Ala História do Imaginário", o lado direito a escadaria. - "Imagens recriam a arte e a história no Museu Paulista." - MUITA coisa pra ler e rever. Grande parte do acervo são pinturas que muitas vezes estão em nossos livros de história do Brasil. Detalhe a preparação do museu aos deficientes visuais na maioria das imagens em cada sala. Além de um super-hiper maquete da cidade. Muita coisa sobre os bandeirantes e os índios.
Vale lembrar que esta ala, apenas nos confirmam que não devemos apenas confiar em livros,quadros e etc, o quanto a história do Brasil é mexido, modificado, nada é o que realmente é. Como a própria classificação desta exposição diz a história do "imaginário", principalmente de como nosso país se desenvolveu até hoje em dia.

  •  Ao lado esquerdo da escadaria, "Galeria Universo do Trabalho" e alguns objetos de formação do país, . Coisas mais modernas, "os serviços públicos em São Paulo" - Muito interessante como fizeram a reforma geral dos bairros, a "limpeza".

Atenção a entrada!
 Só possui uma de acesso ao museu, fica no lado direito,
 olhando de frente.
Da entrada ao jardim

 Detalhe a história daquela escadaria dentro do museu:

"A escadaria do museu tem um imenso valor simbólico ao povo paulista. A escadaria propriamente dita representa o Rio Tietê, que foi o ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país. E no corrimão estão colocados esferas com águas dos rios desbravados pelos paulistas entre os séculos XVI e XVIII, como por exemplo o Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Uruguai e o Rio Amazonas. Nas paredes do ambiente estão estátuas dos heróis bandeirantes, como Borba Gato e Anhanguera com as regiões por onde eles passaram mais notoriamente, que se localizam nos atuais estados desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Sendo precedida pelas duas estátuas maiores no salão principal dos dois principais bandeirantes, Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias. E ao centro representado D. Pedro I, como herói da Independência. 

Junto as estátuas existem pinturas representando a participação paulista em diversos momentos da história brasileira, como o ciclo da caça ao índio, o ciclo do ouro e a conquista do amazonas. Acima existem nomes de cidades e seus respectivos fundadores paulistas pelo Brasil, como Brás Cubas e Santos. E no teto pinturas de paulistas importantes na história do país, como o patriarca da independência José Bonifácio."


Esta é a única foto que consigui tirar de dentro do museu


No Subsolo, por sinal bem ousado com as estruturas de salas, uma delas parece até um porão, uma coleção de ferros de passar e utensílios da mineração, além da coleção de bustos, objetos de iluminação e de decoração de interiores.

No Superior: (Já exaustos de tanto andar, muita informação na cabeça e o museu já encerrando seu horário de funcionamento, vimos tudo mais rápido)

  • Salão Nobre, o último andar, se encontra o mais famoso e enorme tela "Independência ou Morte" e as salas tem tudo sobre aquele momento histórico, até fios de cabelo de algumas pessoas da família imperial, todos loiros, até D. Pedro I, pasmem!
  • "Ala Universo do Trabalho" e "Ala Cotidiana e Sociedade" - Diversos espaços com cotidiano, o comportamento social, artes, armas, trabalho escravo, móveis daquele século (19-20).


Não posso me esquecer da exposição não permanente, linda, que tinha em uma das salas sobre "os bebês do século XIX e das primeiras décadas do século XX, ora sozinhos, com suas mães, seus pais e irmãos ou com suas babás" - NOSSOS PEQUENINOS. - E outra chamada: - RESTAURAÇÃO DA ANTIGA PINTURA DA SÉ - o nome já diz tudo.

 
Vista para a Rua dos Patriotas, possui uma feirinha muito boa.
Incluindo uma tenda de comida japonesa que merece ótimos comentários.
Pôr do Sol no jardim

 
    O jardim do Museu Paulista é a coisa mais fofa. Muito bem arquitetado e organizado, muito verde e flores. 

Veja o centro da cidade, logo ao fundo
Creio que é mais frequentado que o próprio museu, é uma área à parte e perfeita. Um ambiente super familiar, vi de todos os tipos de pessoas caminhando. Vale muito, uma caminhada lenta por ele, um lugar para relaxar e respirar melhor. Não se imagina estar dentro da cidade de São Paulo.

É permitido cães, algumas raças específicas com equipamentos a mais. Melhor para segurança de todos naquele lugar. Lembrando que também se vê seguranças por toda a parte do jardim, o controle lá é total, uma simples pé na grama ou pendurar perto da fonte, um guarda com apito vem em sua direção, informando o erro.


Em um respiro me senti quase na França, não à toa, pois foram inspirados nos jardins franceses. Um lugar perfeito!





Edifíco

"O arquiteto e engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi foi contratado em 1884 para realizar o projeto de um monumento-edifício no local onde aconteceu o evento histórico da Independência do Brasil, embora já existisse esta ideia desde aquele episódio.

 O edifício tem 123 metros de comprimento e 16 metros de profundidade com uma profusão de elementos decorativos e ornamentais. O estilo arquitetônico, eclético, foi baseado no de um palácio renascentista, muito rico em ornamentos e decorações. A técnica empregada foi basicamente a da alvenaria de tijolos cerâmicos, uma novidade para a época (a cidade ainda estava acostumada a construir com taipa de pilão).

 As obras encerraram-se em 15 de novembro de 1890, no primeiro aniversário da República. Cinco anos mais tarde, foi criado o Museu de Ciências Naturais, que se transformou no Museu Paulista. Em 1909, o paisagista belga Arsênio Puttemans executou os jardins ao redor do edifício. Este desenho de jardim foi substituído, provavelmente na década de 1920, pelo paisagismo do alemão Reinaldo Dierberger, desenho que se mantém, em sua maior parte, até os dias atuais."



As fonte de água são muito lindas, melhor se tivesse ligadas, parece que estava em manutenção. 

  

    

  

  

 

Dias e horários de funcionamento:
Exposições: De terça-feira a domingo, das 9h00 às 17h00. 
Telefone: 55 11 2065-8000 

Ingresso:
 R$ 6,00 - Adulto  
R$ 3,00 - Estudante (mediante apresentação de carteira escolar)
Entrada gratuita:
  1.  No primeiro domingo de cada mês 
  2.  Para menores de 6 anos e para maiores de 60 anos
  3.  Membros da comunidade USP
  4.  Membros do ICOM
  5.  Pessoa com deficiência com um Acompanhante
  6.  01 Professor ou Monitor, para cada 20 alunos
  7.  Dias 25 de Janeiro e 7 de Setembro

Endereço: Parque da Independência, s/n.º - Ipiranga - CEP 04263-000




Ver mapa maior