8 de março de 2011

Palácio Rio Negro - Museu casa dos presidentes da república (Petrópolis - RJ)



 Em 1889, menos de três meses antes da Proclamação da República, o senhor Manoel Gomes de Carvalho, Barão do Rio Negro, comprou dos herdeiros da família Klippel o terreno onde seria erguido o seu palácio de verão. Em fevereiro de 1896, o Palácio e a casa ao lado, pertencentes a um dos filhos do Barão, foram vendidos ao Estado do Rio de Janeiro para servir de residência oficial do governante.

    Em 1903, o Palácio foi incorporado ao Governo Federal e passou a ser residência oficial de verão dos presidentes da República. Desde então, por ali passaram Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Brás, Epitácio Pessoa, Artur Bernardes, Washington Luiz, Getúlio Vargas, Gaspar Dutra, Café Filho, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Costa e Silva.

   
No verão de 1996/1997, quando o Palácio estava completando 100 anos na função de residência oficial do governo, a tradição foi reinventada. Através de um gesto ritual, a presidência da República voltou a se instalar no Palácio Rio Negro. Foi no entanto, no Governo de Hermes da Fonseca, que o Palácio viveu talvez o seu momento mais brilhante, com a realização do casamento do Marechal Hermes com Nair de Teffé, então célebre não só por sua beleza como por sua inteligência, pois notabilizou-se por suas mordazes charges, que publicava na imprensa sob o pseudônimo de Rian.

    O seu mais assíduo freqüentador foi o Presidente Getúlio Vargas, que nos 18 anos que esteve à frente do País, não deixou de passar um só verão em Petrópolis.


   

 Sua construção em estilo eclético data de 1889 sendo edificado por encomenda de Manoel Gomes de Carvalho, o Barão do Rio Negro, próspero comerciante de café do Estado do Rio de Janeiro, segundo projeto de Antonio Januzzi, autor de diversas obras de grande importância à sua época, como as que compuseram a abertura da Avenida Central – atual Avenida Rio Branco – no centro do Rio de Janeiro, em 1904.
   
    O Barão do Rio Negro, entretanto, ocupou por pouco tempo o Palácio, pois cinco anos após a Proclamação da República deixou o país com a família transferindo-se para Paris, onde veio a falecer (27-12-1898).




















As salas principais do Palácio Rio Negro possuem cada uma um padrão de parquê (assoalho decorativo de tacos) apresentando desenhos diferentes. São verdadeiras maravilhas da arte de marchetaria.





















O Barão do Rio Negro, Manuel Gomes de Carvalho, nasceu em 27 de Abril de 1836 no Amparo da Barra Mansa, na Província do Rio de Janeiro, e faleceu em Paris em 27 de Dezembro de 1898. Era filho de Manuel Gomes de Carvalho, 1º barão de Amparo e de Francisca Bernardina Leite de Carvalho. Casou em 7 de Janeiro de 1857 com Emilia Gabriela Teixeira Leite de Carvalho, sua sobrinha. Era irmão do 2º barão de Amparo e visconde da Barra Mansa.


O piso imita grãos de café e pode ser visto na sala de jantar do Palácio.






















Ao longo da parede que cerca a escadaria de acesso ao segundo andar, em ordem cronológica, de cima para baixo, estão expostos os quadros de todos os presidentes da República, de Washington Luís até Lula.





O Palácio Rio Negro fica na Avenida Koeler, 255, Centro - Petrópolis - RJ -
CEP 25.688-900 -
Tels: 24-2246-2423 -
Twitter: @palaciorionegro
A visitação ao Palácio Rio Negro acontecerá de terça-feira a sábado e feriados, de 10h às 17h. A entrada é franca.

Quarto do Presidente


"Ao longo de sua história, o Palácio Rio Negro abrigou 16 presidentes da República. Antes de sediar a 1ºBrigada de Infantaria Motorizada, que aqui permaneceu de 1975 a 1991, o Palácio recebeu 14 chefes de Estado, de Rodrigues Alves a Arthur da Costa e Silva.
A tradição de hospedar  os presidentes só seria retomada mais tarde, com Fernando Henrique Cardoso, na década de 90, e luiz Inácio Lula da Silva em 2008. O Palácio Rio Negro continua a desempenhar seu papel de recepcionar e hospedar os presidentes da República do Brasil."




Quarto do Getúlio

"Getúlio Vargas foi o presidente da República que mais utilizou as dependências do Palácio Rio Negro. Além de sua estreita relação com o Palácio, Getúlio deixou sua marca na cidade de Petrópolis, com suas famosas caminhadas pelas ruas da cidade, quando conversava com os transeuntes. Sob o governo Vargas, o Rio negro foi palco das crises que envolveram o Governo Provisório, como a Revolução Constitucionalista de 1932, e das instabilidades políticas que cercaram a Assembléia Nacional Constituinte de 1934."




Quarto de Juscelino Kubitshek
















Quarto das filhas de J. Kubitshek






Além de ser um local de visitação histórica, o Palácio Rio Negro vem realizando eventos artísticos e culturais através de concertos musicais, palestras, etc. e se encontra aberto à constituição de parcerias com vistas à sua utilização como centro cultural.

O Palácio possui um auditório com até 70 lugares, com recursos de sonorização e multimídia, e salas que podem ser usadas para a realização de eventos variados.


















Ao fundo, já se ve o museu da FEB (Força Expedicionária Brasileira)
O acervo do Palácio Rio Negro é composto por peças e objetos pertencentes a vários proprietários. Das 1.270 peças arroladas no inventário dos bens localizados no interior do Palácio cerca de 70% é de propriedade da FIRJAN, 20% do Palácio Rio Negro, 5% de instituições públicas (FUNARJ e Museu Imperial) e 5% de particulares.








Quando da intenção do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal de Petrópolis de se resgatar a tradição da vinda dos Presidentes da República a Petrópolis, foi estabelecida uma parceria com a FIRJAN com o objetivo de se preparar e montar o Palácio para dar condições de abrigar o Presidente da República e sua comitiva.





   

Foram feitas pinturas externas e internas e adquiridos móveis, eletrodomésticos, roupas de cama, mesa e banho, luminárias, louças, talheres e objetos decorativos. Foram também aproveitados os móveis pertencentes ao Palácio Rio Negro/Presidência da República como a cama e armário que pertenceram a Getúlio Vargas, armários e camas do conjunto adquirido na época para receber o Presidente Juscelino Kubitscheck e sua família, aparadores da sala de jantar.



O Museu Imperial cedeu por empréstimo duas poltronas que pertenceram ao Barão do Rio Negro e uma estátua de bronze semelhante a outra que atualmente se encontra no Palácio do Catete e a FUNARJ a galeria de retratos dos Presidentes da República que veranearam neste Palácio.

A família do ex-prefeito Sérgio Fadel cedeu os lustres que hoje se encontram nos quartos e corredores do Palácio. O Inventário dos Bens encontrados no Palácio Rio Negro foi realizado no período de fevereiro a maio de 2006 e entregue à Justiça Federal e à FIRJAN.




   
Esse museu é muito interessante para quem curte a história da república. Têm vários mobiliários antigos, alguns cômodos preservam da época, fora a carga de poder que existe nele. Todos cômodos são muito bem conservados e limpo. Organização exemplar. O chão e as madeiras brilhando.
Só o ruim é que as partes inferiores não é permitido visitação.
Lembrando também que o museu foi palco e cenário de várias gravações de filmes e novelas como "Lado a Lado" da Tv Globo.
As fotos tiradas no jardim ficam muito bonitas, experimente!
Tem estacionamento dentro do museu. Não existe ônibus específico que pare por ali.
Como ponto de referência procure pela Catedral São Pedro de Alcântara e vá andando até o prédio da prefeitura da cidade, o museu fica do outro lado do rio.



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