Uma série de modificações na arquitetura do prédio principal da fazenda de Santa Cruz, gerando novas formas de uso: Convento na era jesuítica, Palácio Real no tempo de D.João VI, Palácio Imperial com novas reformas no tempo de D. Pedro I e finalmente, no período republicano, com a construção de mais um andar, passou a aquartelar tropas do Exército.
Em 1808 a Corte portuguesa se transfere para o Brasil fugindo da perseguição das tropas de Napoleão que estavam invadindo as nações que não aceitavam cooperar com o grande general francês em seu projeto expansionista. D. João VI escolhe, então, Santa Cruz como o local de descanso e de fuga das atribulações da Corte, no Palácio de São Cristóvão.
As obras de reforma e melhoria do aspecto do antigo Convento jesuítico começam em 1809 e findam e 1811. O Palácio Real de Santa Cruz estava pronto para receber toda a nobreza e convidados. D. João VI e toda a Corte Real frequentavam muito o novo Palácio. O Rei gostava muito de passar temporadas em Santa Cruz. Em 1821 D.João retorna a Portugal e deixa em seu lugar seu filho D. Pedro I que viria a tornar-se imperador do Brasil com a proclamação da Independência ocorrida em 7 de setembro de 1822.

Acostumado a visitar Santa Cruz, em companhia de seu pai D. João VI, D. Pedro I tornou-se um grande frequentador da Fazenda, agora Imperial. Por ocasião da proclamação da Independência do Brasil, ao retornar de São Paulo comemorou em Santa Cruz , com os membros do seu séquito, o grande ato que tornava o Brasil livre do domínio português, antes de chegar ao Palácio de São Cristóvão. Por muitos e muitos anos D. Pedro I continuou a visitar a Fazenda de Santa Cruz.
.jpg)
.jpg)
Hoje é a Sede do Batalhão-Escola de Engenharia, o Batalhão Villagran Cabrita, criado em 23 de janeiro de 1855. Este batalhão teve intensa participação na Guerra do Paraguai, entre 1865 a 1870, quando seu patrono o tenente coronel Villagran Cabrita acabou sendo alvejado e morto, após uma vitória brilhante sobre o Paraguai na batalha da Ilha da Redenção.
Teve também participação destacada em vários outros episódios da história militar brasileira, como a Revolta da Armada, a Guerra de Canudos, a Segunda Guerra Mundial e também atuação em vários projetos em tempo de paz, como a construção da adutora de Laje, das instalações da Vila Militar, em 1912 e na missão de paz da Organização das Nações Unidas em Angola, entre 1995 e 1997, participando diretamente da reconstrução do país africano.
Fazenda Imperial de Santa Cruz
Praça Ruão, 35, Santa Cruz - Rio de Janeiro
Funcionamento: Atualmente o local não permite visitação interna por motivos de reformas sem previsão de finalizar.
Fonte: VivaTerra / Wikimapia
Nenhum comentário:
Postar um comentário