Se o jardim do museu Paulista estava quase vazio, deve ser porque todos se encontravam pelo parque da Independência. O lugar é encantador!
A jornada até o monumento é traduzido em muitas pessoas caminhando, de bicicleta, patins e pelo principal meio de transporte/diversão de São Paulo: skatistas.
" O Monumento à Independência foi criado em 1922 como parte das comemorações do centenário da emancipação política brasileira. Em 1917, o Governo do Estado organizou um concurso, aberto à participação de artistas brasileiros e estrangeiros que apresentaram projetos e maquetes. O conjunto de maquetes foi exposto no Palácio das Indústrias.
O meio cultural fez críticas à realização do concurso, à participação de artistas estrangeiros e à composição da comissão julgadora. O projeto vencedor foi o do artista italiano Ettore Ximenes, cuja aprovação não teve a unanimidade da comissão, que estranhou a ausência de elementos mais representativos do fato histórico brasileiro a ser perpetuado.
O projeto de Ximenes foi então alterado, com a inclusão de episódios e personalidades vinculados ao processo da independência, tais como: a Revolução Pernambucana de 1817, a Inconfidência Mineira de 1789, as figuras de José Bonifácio de Andrada e Silva, Hipólito da Costa, Diogo Antonio Feijó e Joaquim Gonçalves Ledo, principais articuladores do movimento. "
O monumento é bem grande, 4 escadas em torno dele com vários detalhes. Piras, leões, esfinges. Incluindo várias esculturas:
- Escultura representando José Bonifácio de Andrada e Silva
- Escultura representando Diogo Antonio Feijó
- Escultura representando Hipólito José da Costa: fundou e redigiu o Correio Brasiliense em Londres
- Escultura representando Joaquim Gonçalves Ledo : chefe do movimento da independência no Rio de Janeiro
"O monumento, embora não concluído, foi inaugurado em 7 de setembro de 1922, ficando completamente pronto somente quatro anos depois. "
Ver o Sol se pôr ali em cima é muito agradável. Os cinza dos prédios acaba sendo esquecido pelo verde da vegetação ao redor e o amarelo alaranjado da iluminação natural.
Logo atrás tem uma pira em chamas com 4 cabeças do que parece ser bodes, e um enorme telão esculpido em ferro, narrando o exato momento da Independência do Brasil - "Independência ou Morte!"
O que se percebe ao fundo é a bandeira do Brasil e mais um pouco, o vão que foi muito importante para a história do Brasil, citado em todos os livros daquele momento, sim, o famoso Rio do Ipiranga, estava quase inperceptível ao que esperamos descritos pelo livro, o momento que D.Pedro I mudou o rumo para sempre, a independência do país.
Falando em imperceptível, vale lembrar que os restos mortais de D.Pedro I se encontra em um corredor que até parece ser para um banheiro, abaixo do monumento, não possuia naquele momento nenhuma informação indicativa de explicações. Só pudemos saber, depois de chegar em casa e pesquisar.
Há apenas uma saída/entrada ao monumento/parque, e ao lado de fora, mais barraquinhas de comida rápida, é preciso fazer uma pequena caminhada até chegar a um ponto de ônibus.
"Ao longo do tempo, o monumento sofreu vários acréscimos. Em 1953, começou a ser construída, em seu interior, a cripta, onde seriam depositados os despojos da Imperatriz Leopoldina, em 1954. Em 1972, consolidou-se a sua sacralização com a vinda dos despojos de D. Pedro I e, posteriormente, em 1984, dos restos mortais de D. Amélia, segunda Imperatriz do Brasil.
Em 2000 foi criado um novo espaço em seu interior, concebido pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), possibilitando o acesso público às entranhas desta escultura comemorativa. O trabalho concentrou-se nas alterações arquitetônicas no interior do monumento: novos acessos da Capela Imperial, construção da escada monumental , sanitários, áreas de apoio e serviços. Externamente foram restaurados os grupos escultóricos do monumento. O painel em alto-relevo, "Independência ou Morte", recebeu intervenção interna e externa. "
Os principais fatores da Revolução de 1817 em Pernambuco foram a independência das colônias espanholas da América do Sul, a independência dos Estados Unidos, as idéias de liberdade que vinham se propagando desde o século anterior em todo Brasil. Isso se deu devido à ação das sociedades secretas, que pretendiam a libertação da colônia e o desenvolvimento da cultura em Pernambuco, por influencia do Seminário de Olinda. Os principais personagens dessa Revolução foram Domingos José Martins, Domingos Teotônio Jorge Martins Pessoa, Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, padre João Ribeiro Pessoa, padre Miguel de Almeida Castro, entre outros."
Mas é isso mesmo. Dentro do imponente monumento está instalada a Cripta Imperial, construída em 1952 em seu lado interno com o objetivo de receber os despojos da família real. Primeiro chegou os restos mortais de Leopoldina de Habsburgo, Arquiduquesa da Áustria, vindos do Rio de Janeiro em 1954, devido ao IV Centenário da cidade de São Paulo.
Os despojos de D. Pedro I foram trasladados do Panteão dos Bragança, Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, no ano de 1972, por ocasião do Sesquicentenário da Independência. Em 1982, chegaram de Lisboa os restos mortais de Amélia de Beauharnais, Duquesa de Leuchtemberg e segunda esposa do imperador. "
Monumento à Independência
Pça. do Monumento, s/no - Ipiranga, São Paulo, SP
Fone 11 2068 0032
Aberto de terça a domingo, das 9 às 17h
Visita orientada. Entrada franca.
Parque da Independência
Estacionamento: gratuito
Horário: Diariamente, 5h às 20h. No horário de verão, o funcionamento é das 5h ás 21h.
Email: ambiental.independencia@gmail.com
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